Doença de Peyronie pode desaparecer sozinha? Entenda por que esperar pode piorar o quadro

Doença de Peyronie pode desaparecer sozinha? Entenda por que esperar pode piorar o quadro

Dr. Marco Túlio Cavalcanti
Dr. Marco Túlio Cavalcanti
29 de agosto de 2025
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Homem maduro em consultório questionando se a doença de peyronie pode desaparecer.

A doença de Peyronie pode desaparecer sozinha? Trata-se de uma dúvida bastante comum entre homens que recebem o diagnóstico ou se deparam, muitas vezes de forma inesperada, com alterações no formato peniano e no desempenho sexual.

Na experiência clínica do Dr. Marco Túlio Cavalcanti, embora existam poucos casos de regressão espontânea das deformidades, essa não é a evolução mais frequente — e contar apenas com a sorte pode custar um tempo valioso de tratamento.

Neste artigo, vamos explicar por que adiar uma avaliação especializada pode agravar o quadro e quais os caminhos seguros para recuperar a função e a forma peniana.

A doença de Peyronie pode desaparecer?

Ao perceber os primeiros sinais da condição, é natural que muitos homens se perguntem se a doença de Peyronie pode desaparecer por conta própria.

Apesar de haver casos documentados de melhora espontânea, eles são minoria e, na maior parte das vezes, ocorrem apenas em fases iniciais e leves da doença.

Os estudos e a experiência do Dr. Marco Túlio Cavalcanti indicam que:

  • Apenas cerca de 13% dos pacientes apresentam regressão espontânea, geralmente em quadros leves e dentro de 6 a 12 meses após o início dos sintomas;
  • Essa melhora não ocorre quando o quadro está em progressão: se a curvatura ou as deformidades aumentam, a tendência é continuar piorando;
  • Em grande parte dos casos, a doença estabiliza ou avança, aumentando o impacto na vida sexual e exigindo uma abordagem clínica ou cirúrgica.

“Melhorar sozinho é exceção. Na minha experiência, até menos que esses 13% relatados na literatura evoluem assim” — Dr. Marco Túlio Cavalcanti

Por isso, ainda que exista a possibilidade de regressão, não é a melhor abordagem contar apenas com o tempo. A avaliação precoce com um especialista identifica se o quadro pode estabilizar ou se há sinais que exigem intervenção, aumentando as chances de bons resultados.

Por que esperar pode piorar o quadro?

Adiar o início de medidas terapêuticas pode fazer um caso inicial, com chance de controle ou melhora, evoluir para uma condição mais grave e complexa de tratar.

A doença de Peyronie pode até se manter estável em alguns casos, mas quando evolui provoca deformidades que afetam de forma importante a vida sexual e a autoestima.

O que pode acontecer se você esperar:

  • Progressão da deformidade: aumento da curvatura, afinamento, indentação e até rotação do eixo peniano — mudanças que dificultam ou impedem a penetração;
  • Perda de comprimento peniano, muitas vezes acompanhada de desconforto durante a relação sexual — escapa durante a penetração.
  • Disfunção erétil, causada não só pela fibrose, que reduz a elasticidade e a circulação do pênis, mas também do impacto psicológico que a doença gera;
  • Redução da resposta aos tratamentos clínicos, o que diminui as chances de controlar a doença e aumenta a necessidade de cirurgia.

A mensagem central é simples: quanto mais cedo for feita a avaliação, maiores são as opções e as chances de preservar forma, comprimento e função peniana.

O que fazer assim que notar alterações?

Se você percebeu curvatura, afinamento ou qualquer deformidade no pênis, não espere por uma melhora espontânea. Quanto mais cedo for feita a avaliação clínica, maiores são as chances de preservar a forma, o comprimento e a função do membro.

A seguir, veja as principais orientações para evitar a progressão da doença:

Procurar avaliação especializada

O ideal é buscar um urologista com experiência em Peyronie para:

  • Confirmar o diagnóstico e descartar outras causas de deformidade, como trauma peniano, doença congênita de curvatura, infecções ou sequelas de cirurgias;
  • Identificar o estágio da doença — se está na fase ativa, com risco de progressão, ou na fase estável, quando a deformidade já não está piorando;
  • Indicar estratégias personalizadas para controlar os sintomas, evitar a progressão da doença e definir o momento certo de intervir.

Essa primeira consulta é decisiva para traçar o caminho certo e evitar que a doença avance. Um especialista experiente consegue reconhecer detalhes que passam despercebidos e, com isso, indicar o tratamento mais eficaz para preservar a saúde íntima.

Registrar a evolução

Como a Peyronie é uma doença dinâmica, o Dr. Marco Túlio Cavalcanti orienta seus pacientes a fotografar a ereção a cada 15 dias, sempre em três ângulos:

  • Superior, para avaliar a curvatura no plano vertical;
  • Oblíquo, para identificar deformidades combinadas;
  • Perfil, para analisar curvaturas para baixo ou para cima.

Essas imagens permitem comparar de forma objetiva as mudanças no pênis ao longo do tempo. Com elas, o médico pode identificar se o quadro está estável, melhorando ou piorando e, assim, decidir com mais segurança se é hora de ajustar o tratamento.

Fazer exames complementares

Para definir a abordagem correta, é importante contar com exames que ofereçam uma visão detalhada da doença. Entre eles, o mais indicado é o ultrassom Doppler peniano com farmacoereção, que permite:

  • Mapear com precisão o tamanho e a localização da placa fibrosa;
  • Avaliar a circulação sanguínea e identificar possíveis alterações vasculares;
  • Mensurar a função erétil durante a ereção induzida no exame.

Com esses dados em mãos, o médico consegue confirmar o estágio da doença, entender seu impacto funcional e definir a conduta mais indicada — desde o acompanhamento clínico até a cirurgia de reconstrução peniana, que representa a cura definitiva.

Qual o impacto emocional da doença de Peyronie?

A Peyronie não afeta apenas o formato e a função do pênis — ela também compromete a autoestima, a confiança e a saúde emocional do homem

Segundo a Urology Care Foundation, cerca de 50% dos pacientes com doença de Peyronie apresentam sintomas de depressão. Esse fator adicional pode impactar os relacionamentos, o desempenho sexual e até a motivação para buscar ajuda.

Frase do Dr. Marco Túlio

Por isso, além de corrigir as deformidades, o tratamento deve incluir apoio psicológico e, quando necessário, encaminhamento terapêutico, para ajudar o paciente a lidar com as mudanças corporais e recuperar o bem-estar emocional.

Quais são os caminhos de tratamento da doença de Peyronie?

Receber o diagnóstico de Peyronie não significa necessariamente que a cirurgia será a primeira opção. Existem diferentes formas de abordar a doença — e a escolha depende do estágio e da gravidade da deformidade, além do impacto na função sexual.

A seguir, conheça as principais abordagens para tratar a doença de Peyronie:

Tratamento clínico

Nos casos iniciais, principalmente quando a curvatura é leve, é possível tentar medidas clínicas para conter a evolução da doença de Peyronie.

Entre as recomendações mais usadas no Instituto Cavalcanti, estão:

  • Uso de extensores penianos;
  • Bomba de vácuo peniana;
  • Terapia com ondas de choque de baixa intensidade;
  • Suplementação com antioxidantes;
  • Alimentação com foco anti-inflamatório;
  • Prática regular de atividade física;
  • Redução do peso corporal, quando necessário;
  • Regulação do sono e melhora da qualidade do descanso.

Embora não remova a fibrose já existente, essa abordagem pode evitar a progressão do quadro e adiar ou até evitar a necessidade de cirurgia — desde que o paciente siga as orientações médicas de forma consistente.

Cirurgia reconstrutiva com prótese

Quando não há melhora espontânea da doença de Peyronie ou ela não foi tratada na fase inicial, a condição causa deformidades acentuadas, dificuldade de penetração ou disfunção erétil significativa

Neste caso, a indicação é a cirurgia reconstrutiva com prótese peniana.

O passo a passo da intervenção inclui:

  • Incisões na placa de Peyronie e nas regiões ao redor comprometidas pela fibrose;
  • Tratamento cuidadoso de todas as áreas endurecidas;
  • Colocação da prótese peniana, que restaura a rigidez e devolve a funcionalidade.

Por remover a fibrose e devolver a capacidade plena de ereção, é considerada a única abordagem capaz de curar a Peyronie de forma definitiva — devolvendo ao paciente segurança, desempenho e qualidade de vida na esfera sexual.

Leia mais sobre:
Prótese peniana: vantagens e desvantagens

Perguntas frequentes sobre a doença de Peyronie

A doença de Peyronie pode desaparecer sozinha?

Existem casos em que a doença regride espontaneamente, mas isso é pouco comum. Na maior parte dos pacientes, ela tende a se estabilizar ou até piorar com o tempo, especialmente sem acompanhamento especializado para monitorar a sua evolução.

Quanto tempo esperar antes de iniciar o tratamento?

Não existe um período seguro para aguardar sem avaliação. A recomendação é procurar um especialista assim que surgirem as primeiras alterações — mesmo que discretas — para identificar o estágio da doença e definir a melhor conduta antes que ela avance.

Dor indica gravidade ou necessidade de cirurgia?

Não. A dor está associada à fase ativa ou inflamatória da doença e merece tratamento adequado para alívio e controle da progressão, mas não determina por si só a gravidade do quadro nem representa indicação isolada para cirurgia.

Agende uma consulta com o Dr. Marco Túlio

No Instituto Cavalcanti, cada caso é estudado de forma individual, com protocolos baseados nas evidências mais atuais e na ampla experiência do Dr. Marco Túlio Cavalcanti em cirurgias e tratamentos clínicos da doença de Peyronie.

Se você percebeu curvatura, afinamento ou outra alteração no pênis, não espere para avaliar se a doença de Peyronie pode desaparecer: a avaliação precoce preserva mais opções e aumenta as chances de recuperar função e forma com segurança.

Agende sua consulta e receba um plano de cuidado alinhado à sua saúde sexual.

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CRM: 136.030 | RQE: 56669
Dr. Marco Túlio Cavalcanti
Médico Urologista e Andrologista, altamente qualificado para o pleno atendimento. Titular da Sociedade Brasileira de Urologia Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco; Residência Médica em Cirurgia Geral na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual; Membro da AUA ( American Urological Association); Membro da SUPS (Society of Urologic Prosthetic Surgeons); Cursos hands on de implante de prótese peniana inflável em Los Angeles e Miami.
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