
A doença de Peyronie pode desaparecer sozinha? Trata-se de uma dúvida bastante comum entre homens que recebem o diagnóstico ou se deparam, muitas vezes de forma inesperada, com alterações no formato peniano e no desempenho sexual.
Na experiência clínica do Dr. Marco Túlio Cavalcanti, embora existam poucos casos de regressão espontânea das deformidades, essa não é a evolução mais frequente — e contar apenas com a sorte pode custar um tempo valioso de tratamento.
Neste artigo, vamos explicar por que adiar uma avaliação especializada pode agravar o quadro e quais os caminhos seguros para recuperar a função e a forma peniana.
A doença de Peyronie pode desaparecer?
Ao perceber os primeiros sinais da condição, é natural que muitos homens se perguntem se a doença de Peyronie pode desaparecer por conta própria.
Apesar de haver casos documentados de melhora espontânea, eles são minoria e, na maior parte das vezes, ocorrem apenas em fases iniciais e leves da doença.
Os estudos e a experiência do Dr. Marco Túlio Cavalcanti indicam que:
- Apenas cerca de 13% dos pacientes apresentam regressão espontânea, geralmente em quadros leves e dentro de 6 a 12 meses após o início dos sintomas;
- Essa melhora não ocorre quando o quadro está em progressão: se a curvatura ou as deformidades aumentam, a tendência é continuar piorando;
- Em grande parte dos casos, a doença estabiliza ou avança, aumentando o impacto na vida sexual e exigindo uma abordagem clínica ou cirúrgica.
“Melhorar sozinho é exceção. Na minha experiência, até menos que esses 13% relatados na literatura evoluem assim” — Dr. Marco Túlio Cavalcanti
Por isso, ainda que exista a possibilidade de regressão, não é a melhor abordagem contar apenas com o tempo. A avaliação precoce com um especialista identifica se o quadro pode estabilizar ou se há sinais que exigem intervenção, aumentando as chances de bons resultados.
Por que esperar pode piorar o quadro?
Adiar o início de medidas terapêuticas pode fazer um caso inicial, com chance de controle ou melhora, evoluir para uma condição mais grave e complexa de tratar.
A doença de Peyronie pode até se manter estável em alguns casos, mas quando evolui provoca deformidades que afetam de forma importante a vida sexual e a autoestima.
O que pode acontecer se você esperar:
- Progressão da deformidade: aumento da curvatura, afinamento, indentação e até rotação do eixo peniano — mudanças que dificultam ou impedem a penetração;
- Perda de comprimento peniano, muitas vezes acompanhada de desconforto durante a relação sexual — escapa durante a penetração.
- Disfunção erétil, causada não só pela fibrose, que reduz a elasticidade e a circulação do pênis, mas também do impacto psicológico que a doença gera;
- Redução da resposta aos tratamentos clínicos, o que diminui as chances de controlar a doença e aumenta a necessidade de cirurgia.
A mensagem central é simples: quanto mais cedo for feita a avaliação, maiores são as opções e as chances de preservar forma, comprimento e função peniana.
O que fazer assim que notar alterações?
Se você percebeu curvatura, afinamento ou qualquer deformidade no pênis, não espere por uma melhora espontânea. Quanto mais cedo for feita a avaliação clínica, maiores são as chances de preservar a forma, o comprimento e a função do membro.
A seguir, veja as principais orientações para evitar a progressão da doença:
Procurar avaliação especializada
O ideal é buscar um urologista com experiência em Peyronie para:
- Confirmar o diagnóstico e descartar outras causas de deformidade, como trauma peniano, doença congênita de curvatura, infecções ou sequelas de cirurgias;
- Identificar o estágio da doença — se está na fase ativa, com risco de progressão, ou na fase estável, quando a deformidade já não está piorando;
- Indicar estratégias personalizadas para controlar os sintomas, evitar a progressão da doença e definir o momento certo de intervir.
Essa primeira consulta é decisiva para traçar o caminho certo e evitar que a doença avance. Um especialista experiente consegue reconhecer detalhes que passam despercebidos e, com isso, indicar o tratamento mais eficaz para preservar a saúde íntima.
Registrar a evolução
Como a Peyronie é uma doença dinâmica, o Dr. Marco Túlio Cavalcanti orienta seus pacientes a fotografar a ereção a cada 15 dias, sempre em três ângulos:
- Superior, para avaliar a curvatura no plano vertical;
- Oblíquo, para identificar deformidades combinadas;
- Perfil, para analisar curvaturas para baixo ou para cima.
Essas imagens permitem comparar de forma objetiva as mudanças no pênis ao longo do tempo. Com elas, o médico pode identificar se o quadro está estável, melhorando ou piorando e, assim, decidir com mais segurança se é hora de ajustar o tratamento.
Fazer exames complementares
Para definir a abordagem correta, é importante contar com exames que ofereçam uma visão detalhada da doença. Entre eles, o mais indicado é o ultrassom Doppler peniano com farmacoereção, que permite:
- Mapear com precisão o tamanho e a localização da placa fibrosa;
- Avaliar a circulação sanguínea e identificar possíveis alterações vasculares;
- Mensurar a função erétil durante a ereção induzida no exame.
Com esses dados em mãos, o médico consegue confirmar o estágio da doença, entender seu impacto funcional e definir a conduta mais indicada — desde o acompanhamento clínico até a cirurgia de reconstrução peniana, que representa a cura definitiva.
Qual o impacto emocional da doença de Peyronie?
A Peyronie não afeta apenas o formato e a função do pênis — ela também compromete a autoestima, a confiança e a saúde emocional do homem.
Segundo a Urology Care Foundation, cerca de 50% dos pacientes com doença de Peyronie apresentam sintomas de depressão. Esse fator adicional pode impactar os relacionamentos, o desempenho sexual e até a motivação para buscar ajuda.

Por isso, além de corrigir as deformidades, o tratamento deve incluir apoio psicológico e, quando necessário, encaminhamento terapêutico, para ajudar o paciente a lidar com as mudanças corporais e recuperar o bem-estar emocional.
Quais são os caminhos de tratamento da doença de Peyronie?
Receber o diagnóstico de Peyronie não significa necessariamente que a cirurgia será a primeira opção. Existem diferentes formas de abordar a doença — e a escolha depende do estágio e da gravidade da deformidade, além do impacto na função sexual.
A seguir, conheça as principais abordagens para tratar a doença de Peyronie:
Tratamento clínico
Nos casos iniciais, principalmente quando a curvatura é leve, é possível tentar medidas clínicas para conter a evolução da doença de Peyronie.
Entre as recomendações mais usadas no Instituto Cavalcanti, estão:
- Uso de extensores penianos;
- Bomba de vácuo peniana;
- Terapia com ondas de choque de baixa intensidade;
- Suplementação com antioxidantes;
- Alimentação com foco anti-inflamatório;
- Prática regular de atividade física;
- Redução do peso corporal, quando necessário;
- Regulação do sono e melhora da qualidade do descanso.
Embora não remova a fibrose já existente, essa abordagem pode evitar a progressão do quadro e adiar ou até evitar a necessidade de cirurgia — desde que o paciente siga as orientações médicas de forma consistente.
Cirurgia reconstrutiva com prótese
Quando não há melhora espontânea da doença de Peyronie ou ela não foi tratada na fase inicial, a condição causa deformidades acentuadas, dificuldade de penetração ou disfunção erétil significativa.
Neste caso, a indicação é a cirurgia reconstrutiva com prótese peniana.
O passo a passo da intervenção inclui:
- Incisões na placa de Peyronie e nas regiões ao redor comprometidas pela fibrose;
- Tratamento cuidadoso de todas as áreas endurecidas;
- Colocação da prótese peniana, que restaura a rigidez e devolve a funcionalidade.
Por remover a fibrose e devolver a capacidade plena de ereção, é considerada a única abordagem capaz de curar a Peyronie de forma definitiva — devolvendo ao paciente segurança, desempenho e qualidade de vida na esfera sexual.
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Prótese peniana: vantagens e desvantagens
Perguntas frequentes sobre a doença de Peyronie
A doença de Peyronie pode desaparecer sozinha?
Existem casos em que a doença regride espontaneamente, mas isso é pouco comum. Na maior parte dos pacientes, ela tende a se estabilizar ou até piorar com o tempo, especialmente sem acompanhamento especializado para monitorar a sua evolução.
Quanto tempo esperar antes de iniciar o tratamento?
Não existe um período seguro para aguardar sem avaliação. A recomendação é procurar um especialista assim que surgirem as primeiras alterações — mesmo que discretas — para identificar o estágio da doença e definir a melhor conduta antes que ela avance.
Dor indica gravidade ou necessidade de cirurgia?
Não. A dor está associada à fase ativa ou inflamatória da doença e merece tratamento adequado para alívio e controle da progressão, mas não determina por si só a gravidade do quadro nem representa indicação isolada para cirurgia.
Agende uma consulta com o Dr. Marco Túlio
No Instituto Cavalcanti, cada caso é estudado de forma individual, com protocolos baseados nas evidências mais atuais e na ampla experiência do Dr. Marco Túlio Cavalcanti em cirurgias e tratamentos clínicos da doença de Peyronie.
Se você percebeu curvatura, afinamento ou outra alteração no pênis, não espere para avaliar se a doença de Peyronie pode desaparecer: a avaliação precoce preserva mais opções e aumenta as chances de recuperar função e forma com segurança.
Agende sua consulta e receba um plano de cuidado alinhado à sua saúde sexual.

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