Ter o pênis curvo nem sempre é anormal, mas quando a curvatura causa dor, dificulta a penetração ou altera o formato do órgão, pode estar relacionada à doença de Peyronie.
Muitos homens têm o pênis curvo, mas nem sempre essa característica é um problema. Em alguns casos, no entanto, a curvatura pode afetar a vida sexual e indicar a presença de uma condição médica que merece atenção.
Saber diferenciar um pênis curvado natural de alterações adquiridas é essencial para identificar quando procurar avaliação médica.
Algumas curvaturas são congênitas, presentes desde a adolescência, enquanto outras podem surgir ao longo da vida, geralmente relacionadas à doença de Peyronie.
Neste artigo, você vai entender quando o pênis curvo é motivo de preocupação, como identificar os sinais de alerta e quais cuidados e tratamentos podem ser indicados para preservar a função sexual e a autoestima.
Pênis curvo congênito x pênis curvado adquirido
Ter um pênis curvo congênito é relativamente comum e, na maioria dos casos, não traz prejuízos à função sexual.
Essa curvatura aparece desde a adolescência, geralmente por alterações no crescimento do órgão, quando um lado do pênis cresce mais que o outro.
Pode resultar em um pênis curvado para baixo, para cima ou lateralmente, mas a ereção continua plena e indolor, e a textura do pênis permanece homogênea, sem placas cicatriciais.
Já o pênis curvado adquirido é, na maior parte das vezes, causado pela doença de Peyronie, uma condição em que placas fibrosas se formam na túnica albugínea, levando à curvatura do pênis durante a ereção.
Essa condição costuma surgir em homens a partir dos 40 anos, com pico entre 45 e 60 anos, e pode ser associada a dor nas ereções, encurtamento do órgão e alterações na função erétil.
A prevalência da doença de Peyronie varia de 3 a 20% dos homens. Em pacientes diabéticos e com disfunção erétil, por exemplo, esse índice fica próximo aos 20%, enquanto que em pacientes que fizeram cirurgia de próstata, fica em torno de 16%.

Os principais sinais de que o pênis curvado pode indicar doença de Peyronie incluem:
- Curvatura que surge ao longo da vida, e não desde a adolescência;
- Presença de placas duras palpáveis ao longo do pênis;
- Ereções dolorosas, especialmente na fase inicial da doença;
- Alterações no comprimento, volume ou calibre do pênis;
- Dificuldade ou impossibilidade de penetração.
A distinção entre pênis curvo congênito e curvatura adquirida é fundamental para definir se o acompanhamento médico ou o tratamento é necessário.
Enquanto a curvatura congênita geralmente não requer intervenção, a doença de Peyronie pode demandar acompanhamento clínico ou cirúrgico dependendo da gravidade e do impacto na vida sexual.
Entenda melhor sobre as diferenças entre pênis curvado congênito e pênis curvado adquirido no vídeo:
Causas e evolução da doença de Peyronie
O pênis curvado adquirido geralmente se desenvolve devido à formação de placas fibrosas na túnica albugínea, que é a camada resistente que envolve os corpos cavernosos.
Essas placas são resultado, na maioria das vezes, de microtraumas repetidos durante a relação sexual, especialmente em situações de ereção rígida.
Embora nem todos os homens percebam um trauma específico, esses pequenos danos podem evoluir silenciosamente, gerando áreas de tecido cicatricial inelástico que deformam o órgão.
Com o tempo, a curvatura se torna mais evidente, podendo surgir pênis curvado para cima, para baixo ou lateralmente, dependendo da localização das placas.
A evolução da curvatura costuma ocorrer em duas fases:
Fase aguda:
- Surgem inflamação e dor durante a ereção;
- As placas ainda estão se formando e a curvatura pode progredir rapidamente;
- Alterações no comprimento e no volume do pênis podem começar a aparecer.
Fase crônica:
- As placas cicatriciais se consolidam e a curvatura se estabiliza;
- A dor tende a diminuir, mas deformidades, encurtamento e afilamento podem persistir;
- Em casos mais graves, a curvatura pode impedir a penetração ou causar dificuldade significativa na relação sexual.
Se não for tratado, o quadro pode evoluir para necessidade de cirurgia de Peyronie corretiva ou, em casos de disfunção erétil grave, até implante peniano para restaurar a função sexual.
Diagnóstico e exames para pênis curvo
O diagnóstico do pênis curvado, principalmente quando causado pela doença de Peyronie, envolve avaliação clínica detalhada e, em alguns casos, exames complementares para confirmar a presença de placas e medir o grau de curvatura.
O urologista ou andrologista inicia com:
- Anamnese detalhada: histórico médico, tempo de aparecimento da curvatura, dor durante a ereção e impactos na função sexual;
- Exame físico: palpação para identificar placas fibrosas, aferição da curvatura e observação de alterações no volume ou calibre do pênis.
Exames complementares podem incluir:
- Doppler peniano com indução farmacológica da ereção: avalia o fluxo sanguíneo, a presença e profundidade das placas cicatriciais, além do grau de curvatura;
- Ultrassonografia peniana: identifica a localização exata das placas e possíveis microcalcificações;
- Ressonância magnética: indicada quando o ultrassom não mostra claramente a lesão, mas a suspeita clínica permanece;
- Avaliação da função erétil: testes específicos ajudam a identificar disfunção erétil associada, comum em pacientes com doença de Peyronie avançada.
O diagnóstico precoce é essencial, porque permite iniciar tratamentos clínicos ou cirúrgicos de forma adequada, evitando progressão da curvatura, complicações como encurtamento do pênis e disfunção erétil, e impactos na autoestima.

Tratamentos para pênis curvado
O tratamento da doença de Peyronie depende da causa da curvatura, da intensidade do desvio e do impacto na vida sexual.
Ele pode ser clínico (não cirúrgico) ou cirúrgico, sempre individualizado pelo urologista ou andrologista.
Tratamento clínico
Indicado principalmente na fase inicial de Peyronie, quando a curvatura ainda não está totalmente consolidada, ou em casos leves de pênis curvado:
- Medicamentos: antioxidantes, anti-inflamatórios ou inibidores da 5-fosfodiesterase podem ajudar a reduzir dor, inflamação e evolução da fibrose;
- Terapias físicas: tração peniana, vacuoterapia ou ondas de choque de baixa intensidade podem auxiliar na redução da curvatura e manutenção do comprimento do pênis;
- Acompanhamento clínico regular: essencial para monitorar a evolução da curvatura, identificar sinais de fibrose e prevenir complicações futuras.
Tratamento cirúrgico
Indicados quando a curvatura já está na fase crônica, provoca dificuldade de penetração ou impacta significativamente a vida sexual:
- Plicaturas: ideal para curvaturas menores e quando o pênis tem comprimento adequado; pontos são aplicados na área saudável para corrigir o desvio;
- Cirurgia com enxerto: utilizada em curvaturas mais acentuadas ou quando há encurtamento do pênis; a placa fibrosa é aberta e substituída por enxerto de tecido para restaurar o formato;
- Próteses penianas: recomendadas em pacientes com curvatura associada à disfunção erétil; podem ser infláveis ou semirrígidas e, em alguns casos, combinadas com enxertos para endireitar o pênis e preservar o comprimento.
O objetivo do tratamento, seja clínico ou cirúrgico, é corrigir a curvatura, restaurar a função sexual, aliviar a dor e recuperar a autoestima do paciente.

FAQ – Pênis curvo
O pênis curvo é uma angulação do órgão que pode ser congênita (presente desde a adolescência) ou adquirida, geralmente por doença de Peyronie, causada por placas cicatriciais que alteram a anatomia peniana.
O pênis curvado congênito ocorre desde cedo, é geralmente indolor e não apresenta placas.
O pênis curvado adquirido surge na vida adulta, frequentemente com dor e alterações na função sexual, caracterizando doença de Peyronie.
Incluem curvatura perceptível, dor durante a ereção (na fase aguda da Peyronie), encurtamento, afilamento, perda de volume e dificuldade na penetração.
Sim. Mais de 50% dos pacientes com Peyronie podem apresentar disfunção erétil, e em casos graves, pode haver necessidade de implante peniano.
Para pênis curvado congênito sem dor ou dificuldade sexual, não há necessidade de intervenção. Para doença de Peyronie, pode-se optar por tratamentos clínicos ou cirúrgicos, dependendo do estágio e da gravidade da curvatura.
Como avaliar o pênis curvo?
Ter o pênis curvo nem sempre indica um problema, mas quando a curvatura é significativa, dolorosa ou interfere na vida sexual, é fundamental procurar um especialista em andrologia ou urologia.
O diagnóstico precoce permite avaliar se a curvatura é congênita ou se está relacionada à doença de Peyronie, além de definir o melhor tratamento, seja clínico ou cirúrgico.
Ignorar o problema pode levar a agravamento da curvatura, perda de comprimento, deformidades, disfunção erétil e até à necessidade de implante peniano em casos mais graves.
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