Medicamento para doença de Peyronie: quais funcionam e quando iniciar o tratamento?

Medicamento para doença de Peyronie: quais funcionam e quando iniciar o tratamento?

Dr. Marco Túlio Cavalcanti
Dr. Marco Túlio Cavalcanti
19 de setembro de 2025
4,9· 224 avaliações Ver no Google

Índice

Homem refletindo sobre medicamento para doença de Peyronie.

O medicamento para doença de Peyronie é a primeira coisa que os pacientes buscam  quando surgem os sinais dessa condição, que afeta entre 7% e 9% dos homens. 

Caracterizada pela formação de fibrose na túnica albugínea — camada que envolve os corpos cavernosos do pênis —, a doença provoca curvatura, deformidades e instabilidade durante a ereção, comprometendo a função sexual e abalando a autoestima.

Mas afinal, existe medicamento para a doença de Peyronie capaz de frear sua evolução? E em que momento iniciar o tratamento? É o que vamos esclarecer neste artigo, com base na experiência clínica do Dr. Marco Túlio Cavalcanti e nos principais estudos científicos.

Doença de Peyronie: quais medicamentos funcionam?

Até hoje, nenhum medicamento para doença de Peyronie isolado se mostrou capaz de eliminar a fibrose característica da condição. 

No entanto, algumas substâncias são usadas com o objetivo de: 

  • Reduzir o processo inflamatório na fase inicial;
  • Conter a placa e frear o avanço da fibrose;
  • Aliviar sintomas como dor durante a ereção;
  • Favorecer a rigidez peniana quando a ereção já está comprometida.

Em geral, fórmulas com antioxidantes, antifibróticos, vasodilatadores e vitaminas, entre outros, costumam ser a base do tratamento clínico.

A seguir, veja os principais grupos de medicamentos estudados:

Antioxidantes e vitaminas

Mais de 50 substâncias já foram estudadas para o tratamento clínico da doença de Peyronie, entre elas vitamina E, L-carnitina, Coenzima Q10 e potaba.

Na prática, o efeito isolado dessas medicações tem suas limitações. Como reforça a revisão publicada no BMC Urology, o melhor resultado acontece quando elas são associadas a outras estratégias, ajudando a estabilizar a placa e a controlar os sintomas.

No Instituto Cavalcanti, essas fórmulas são prescritas de forma manipulada, combinando diferentes antioxidantes por períodos de 3 a 6 meses. Esse tempo é essencial para observar se a doença está se mantendo estável e se há melhora real das queixas.

Inibidores da 5-fosfodiesterase

Medicações como tadalafila e sildenafila, além de tratarem a disfunção erétil, podem ter um papel no manejo da doença de Peyronie quando a ereção já está comprometida.

Esses agentes melhoram a circulação sanguínea do pênis, favorecem ereções mais firmes e reduzem o impacto psicológico da perda de desempenho — efeitos mais evidentes quando o tratamento tem início ainda na fase inicial da doença.

Um estudo publicado no International Journal of Impotence Research mostrou que o uso de inibidores da 5-fosfodiesterase não impede a progressão da curvatura, mas encurta o tempo de dor na fase ativa, em média, de 12,2 para 9,1 meses.

Fitoterápicos e outras substâncias

Alguns compostos, como a colchicina e o tamoxifeno, já foram avaliados, mas sem eficácia consistente. A maioria das diretrizes atuais não recomenda seu uso rotineiro.

“As evidências isoladas dessas medicações são fracas. O que fazemos é avaliar caso a caso e, muitas vezes, associar diferentes recursos para obter melhores resultados.” — Dr. Marco Túlio Cavalcanti

Em resumo, apesar de contribuírem no controle da inflamação, da dor e da função erétil, os medicamentos para tratamento da doença de Peyronie dificilmente trazem resultados satisfatórios quando utilizados de forma isolada

Na prática clínica, os melhores desfechos acontecem quando essas medicações são combinadas a abordagens complementares — estratégia que aumenta a chance de estabilizar a doença e preservar a qualidade sexual.

Quais são as abordagens complementares?

Além dos medicamentos para doença de Peyronie, há outras abordagens que contribuem muito para o controle do quadro. Quando iniciadas cedo e combinadas entre si, elas ajudam a conter o avanço da fibrose e a preservar a função sexual.

Entre as principais opções, destacam-se:

  • Bomba de vácuo peniana: aumenta a entrada de sangue nos corpos cavernosos, melhora a oxigenação e preserva a elasticidade do pênis, ajudando a evitar o encurtamento ao longo do tempo;
  • Ondas de choque de baixa intensidade: aplicadas diretamente na região da placa, aliviam a dor característica da fase inflamatória e apresentam evidências de melhora na qualidade da ereção;
  • Extensores penianos: dispositivos de tração que, com uso supervisionado e regular, podem diminuir a angulação do pênis e recuperar parte do comprimento perdido ao longo da evolução da doença.

Segundo a Mayo Clinic, só 10% a 15% dos homens têm melhora espontânea no primeiro ano, enquanto até 45% pioram quando não há nenhum tipo de tratamento.

Esses números reforçam a importância de iniciar precocemente abordagens clínicas para ampliar as chances de preservar a função sexual e evitar complicações futuras.

Quando iniciar o tratamento?

O momento certo de iniciar o tratamento é logo nos primeiros sinais da doença, quando ainda há dor, curvatura discreta ou perda mínima de comprimento. 

Essa é a chamada fase aguda, em que a fibrose está em formação e há maior chance de estabilizar ou retardar sua progressão com medidas clínicas.

Frase do Dr. Marco Túlio.

Na fase crônica da Peyronie, quando a curvatura já está estabilizada e a dor desapareceu, os medicamentos e medidas clínicas diminuem a eficácia. 

Nesse ponto, se a deformidade atrapalha a penetração ou se há disfunção erétil importante, pode ser necessário considerar a cirurgia reconstrutiva com prótese peniana.

Mais detalhes sobre essa abordagem estão disponíveis no artigo doença de Peyronie.

Perguntas frequentes sobre medicamentos para Peyronie

Medicamentos curam a doença de Peyronie?

Não. Os medicamentos podem ajudar a controlar a dor, conter a progressão da doença e melhorar a qualidade da ereção, mas não eliminam a fibrose já formada.

Qual o melhor medicamento para doença de Peyronie?

Não existe um único medicamento considerado o melhor. A indicação depende do estágio da doença e das queixas de cada paciente, podendo incluir antioxidantes, inibidores da 5-fosfodiesterase, tamoxifeno e combinações manipuladas.

Quando iniciar o uso de medicamentos?

O ideal é começar logo nos primeiros sinais da fase aguda, quando há dor, curvatura inicial ou nódulos perceptíveis. Esse é o momento em que os medicamentos têm maior chance de ajudar a frear a evolução da doença.

Medicamentos funcionam na fase crônica?

Na fase crônica, quando a fibrose já se consolidou, os medicamentos apresentam efeito bastante limitado. Nessa etapa, a reconstrução peniana com prótese é a opção capaz de devolver rigidez, alinhar o pênis e restaurar a função sexual de forma definitiva.

Agende sua consulta no Instituto Cavalcanti

Se você notou mudanças na forma, no tamanho ou na rigidez do pênis, não adie a avaliação. Iniciar o acompanhamento logo nos primeiros sinais aumenta muito as chances de preservar a saúde sexual e evitar complicações futuras. 

No Instituto Cavalcanti, conduzimos cada caso de forma personalizada, unindo protocolos atualizados às técnicas mais avançadas em saúde sexual masculina.

Essa abordagem é reforçada pela ampla experiência do Dr. Marco Túlio Cavalcanti, referência nacional e internacional no tratamento de Peyronie e reconstrução peniana.

Agende sua consulta e descubra qual medicamento para doença de Peyronie pode trazer os melhores resultados no seu caso.

Tenho dúvidas e gostaria de falar ou agendar uma consulta com o Dr. Marco Tulio. Clique aqui.

Instagram: @dr.mtcavalcanti

Youtube: @drmarcotuliocavalcanti

CRM: 136.030 | RQE: 56669
Dr. Marco Túlio Cavalcanti
Médico Urologista e Andrologista, altamente qualificado para o pleno atendimento. Titular da Sociedade Brasileira de Urologia Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco; Residência Médica em Cirurgia Geral na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual; Membro da AUA ( American Urological Association); Membro da SUPS (Society of Urologic Prosthetic Surgeons); Cursos hands on de implante de prótese peniana inflável em Los Angeles e Miami.
4,9· 224 avaliações Ver no Google
Veja todos os posts